Câmara aprova campanha contra o alcoolismo dentro de casa
25/03/2007
Projeto de lei do vereador Mario Celso Cunha (PSDB) que autoriza a Prefeitura Municipal a realizar campanhas educativas sobre o uso de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes foi aprovado pela Câmara, com o apoio de todos os vereadores presentes. O vereador ressaltou que "o objetivo da campanha é atingir os lares, buscando que as famílias evitem o uso de bebidas alcoólicas dentro de casa. Precisamos evitar que este tipo de mau exemplo seja responsável pela formação de milhares de viciados e dependentes, já que nas pesquisas realizadas 18% dos jovens declararam que começaram a beber dentro de casa". Uma equipe do vereador esteve nas saídas de algumas escolas municipais, como a Omar Sabbag (Vila Oficinas), Duilio Calderari (São Lourenço), Piratini (Pinheirinho), Pró-Morar Barigüi (CIC) e Herley Mehl (Pilarzinho), fazendo uma pesquisa entre estudantes a partir de 12 anos de idade. Setenta e cinco por cento admitem que consumiram algum tipo de álcool, 20% declararam que fumam cigarro e 7% fumam maconha. Dos entrevistados, 45% têm pais que bebem ou irmãos que exageram na bebida e 18% admitem que começaram a beber dentro de sua própria casa. Muitos pais admitem o uso de álcool dentro de casa como forma de evitar que o filho se embriague na rua, onde pode se envolver em confusões. Um erro que pode ser fatal. O líder do prefeito declarou que "o par alcoolismo/doença não é só preocupação da medicina, mas faz parte de um campo amplo de reflexões sociais, pois o alcoolismo é uma doença contagiosa, uma doença da família e não individual. Ela ataca esposa, filhos e dependentes, provocando estragos sociais irreversíveis". Pelos dados da pesquisa, estudantes declararam beber com freqüência nos finais de semanas em eventos, festas e até mesmo em casa ou na casa de amigos. Tomam quatro ou cinco latinhas de cerveja num único dia. A maioria gasta até duas horas no sábado bebendo. Mario Celso disse que " alguns pais chegam a dar cachaça para os filhos, bebês, inclusive, para que durmam, fiquem calmos ou relaxados, para poder assistir televisão ou dormir. É um absurdo que não chega nas relações de ocorrências policiais ou sociais. Isso tem que ser combatido".
Fonte: O Estado do Paraná
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