Destacando que alguém que viajasse de Curitiba para São Paulo pagaria, ida e volta, quase R$ 55 reais em pedágio, o vereador Mario Celso Cunha (PSB) aplaudiu a decisão do governo federal de suspender a privatização da rodovia Régis Bittencourt. ""Pelos números que se faria a licitação, os curitibanos pagariam o pedágio mais caro do país para viajar de carro a São Paulo, valor esse que seria transferido para as passagens de ônibus e transporte de todo tipo de mercadorias"", afirmou o vereador.
Pelo edital de licitação suspenso, a cada cem quilômetros seria cobrado o equivalente a R$ 6,80 de pedágio. Como a ligação entre as duas cidades tem pouco mais de 400 quilômetros, cada viagem custaria, no mínimo, R$ 27,20. Nas demais rodovias, entre as sete em processo de licitação pelo governo federal, o valor do pedágio para o mesmo trecho de cem quilômetros deve variar entre R$ 4,13 e R$ 5,75.
CHOQUE
A revisão do edital, segundo o vereador, garantiu que ocorresse o que o próprio governo federal definiu como ""choque tarifário"". Segundo Mário Celso, estudos do Ministério dos Transportes aponta desconfiança sobre números usados para compor o edital, elaborado pelo governo anterior.
Entre os números que levaram à suspensão do edital, explica o vereador, estão a taxa de retorno do investimento, o crescimento do Produto Interno Bruto e a taxa de veículos que deixarão de utilizar a rodovia com a implantação do pedágio.
""O governo descobriu que esses números, quando subestimados ou superestimados podem provocar uma acentuada elevação no valor do pedágio a ser fixado, numa combinação complexa de equações"", acrescentou. O próprio Tribunal de Contas da União já havia colocado sob suspeição o que estabelecia o edital, finalizou Mário.